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Pequena Grande Reflexão

Ontem fechamos com uma apresentação do Trenzinho a nossa Edição Especial do Pequeno Grande Encontro. Acima de tudo posso fizer que vimos a superação de todo o grupo durante essa semana.

Quando nos vimos sem nenhum aparato de incentivo fiscal (Lei, patrocínio, etc...) para nos apoiar tínhamos dado já como certo que não faríamos o Pequeno Grande Encontro este ano. Graças a vontade do Simão de não deixarmos um ano passar em branco (por N motivos) nos empenhamos para fazer uma Edição Especial, só com os espetáculos de repertório da Cia. do Abração, na cara e na coragem. Era muito trabalho? Era e foi! Era um motivo para desistirmos? Nunca!

Nessa edição ficou mais forte o real significado do Pequeno Grande Encontro, apesar de não termos amigos e parceiros "de fora" participando desta edição, nos encontramos. Vimos a foça, a agilidade, a vontade de levar a nossa filosofia e nossa arte para as crianças (grande sou pequenas, de todas as idades). O grupo ficou mais unido, nos ajudamos em todos os momentos. A energia dos espetáculos contagiavam a todos, e para nós "curicas" foi a primeira experiência independente MESMO, onde estávamos apenas com a cara e a coragem, trabalhando por um valor que não é material.

Já vinhamos de 3 sessões do Sobrevoar no Festival Brinque de Teatro Infantil e quando realizamos a nossa na Quarta-Feira estávamos cansados fisicamente, mas existia algo no ar que não nos deixou cair, algo muito forte e muito concreto, mas eu ainda não sabia dizer exatamente o quê. Na Quinta tivemos duas sessões do Estórias Brincantes de Muitas Mainhas e pela primeira vez, desde que eu entrei no elenco, posso dizer que a minha ficha caiu, para muitas coisas, mas principalmente para me encontrar com o espetáculo, entendi mais de onde vinha tudo aquilo que passamos tanto tempo ensaiando e apresentando, e aquela mesma energia de Quarta-Feira ainda pairava no ar. Na sexta Clarice Matou os Peixes veio com uma sessão onde pôde se perceber o crescimento do espetáculo, dos personagens, da dramaturgia, da mensagem que o espetáculo quer passar, e mais uma vez energia, que só se intensificava com o passar do dia, das horas, dos minutos e segundos. Sábado foi a vez do Sonho de Uma Noite de Verão, a primeirinha, que lotou a Sala Raul Cruz e nos trouxe convidados vindos de longe que deixaram e ainda deixam uma saudades muito grande no peito. E ontem, por fim, O Trenzinho Do Caipira, trouxe a música de Villa-Lobos para finalizar o nosso Festival e o nosso pequeno grande ENORME encontro. Mas o que fica de mais forte é: Aquela energia ainda está aqui, ainda paira sobre nós, ainda nos contamina, ainda está a flor da pele, do cosmos ou de onde vocês acreditarem que ela vem.

O que era essa energia? Eu não sei. Acho que poderia arriscar um palpite e dizer que é a união, acima de tudo. Mas não sei dizer se é isso mesmo. Pode ser tanta coisa, em níveis espirituais, ritualísticos ou sazonais mesmo para aqueles que são céticos. Mas de uma coisa eu tenho certeza: Essa foi a primeira vez em que realmente me encontrei no nosso PEQUENO grande ENCONTRO!

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